“Atualmente, 84% da humanidade têm uma filiação religiosa, ou seja, estão ligados a uma religião específica. Entre os 16% que não têm religião, a maioria possui algum tipo de crença, seja em Deus, seja em um poder superior”
A
fala acima é do fundador e coordenador do Núcleo de Pesquisa em Espiritualidade e Saúde (Nupes), da Faculdade de Medicina da UFJF, o psiquiatra Alexander Moreira-Almeida.
Essa espiritualidade, então, não se manifesta apenas na forma de religiões (como católicas, evangélicas, de matrizes africanas), mas também em crenças que podem ser oriundas de outras esferas, mais amplas e universais.
Quando temos crença sobre algo ou alguém, essa fé não impacta apenas no nosso interior, mas também no nosso dia a dia. Por exemplo, existem muitas pessoas que abrem mão de tratamentos médicos tradicionais para realizar tratamentos que envolvam a espiritualidade.
E essa não é uma atitude condenável. Para se ter uma ideia, algumas universidades dos Estados Unidos oferecem no curso de Medicina matérias como “Saúde e Espiritualidade”, principalmente por terem ciência que a procura espiritual é algo muito importante para a população (e seus futuros pacientes).
Como citado anteriormente, a intenção deste artigo não é diminuir o poder e a importância da espiritualidade. No entanto, quando falamos de algo tão sensível, precisamos redobrar a atenção. E explicaremos o porquê abaixo.
Estamos em um processo de ascensão das ferramentas holísticas, onde as pessoas cansaram do aterramento e tem procurado um olhar interno e universal, um sentido maior para suas vidas que vão além da matéria.
Por um lado, existem diversos pontos positivos. Existem profissionais que tratam a espiritualidade e tudo que circunda o tema de forma séria. Com pesquisas embasadas em pesquisas e de forma consciente.
Quando isso é, de fato, colocado, é benéfico para quem recebe os conselhos. Afinal, não há qualquer tipo de enganação ou tentativas de alienação. Devemos lembrar que os grandes líderes espirituais possuem uma enorme influência sobre as pessoas, e precisam considerar isso no momento de repassar seus conhecimentos.
Já no lado negativo, quando não há qualquer tipo de cuidado, além da alienação, podemos sofrer de meritocracia espiritual, charlatanismo, positividade tóxica, despolitização do caminho do autoconhecimento.
Esses pontos também podem resultar em discursos opressivos, que resulta em descrença e pode levar até a danos mentais e físicos.
A espiritualidade e a fé na nossa vida deve ser visualizada como atingível e benéfico, trazendo o equilíbrio. Não a alienação.
Por exemplo: a Ciência não invalida a Espiritualidade, vice-versa. Para quem deseja seguir pelo caminho do Grande Mistério, é preciso pesquisar bastante — seja sobre o assunto em si ou sobre os lugares onde pretende reter mais conhecimento.
A nossa visão para o coletivo não pode ser fechada. Precisamos estar abertos e atentos para não cair em armadilhas. É só assim que estaremos visualizando e aplicando a espiritualidade como algo positivo e permanente na nossa vida.
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