Meditação e Religião: saiba diferenciar a prática do contexto religioso
Em tempos de crise, pandemia e cobranças constantes como no mundo atual, é difícil manter os afazeres, se concentrar e ter uma boa saúde mental ao mesmo tempo. Sendo assim, a meditação vem como uma alternativa ao estresse do dia a dia, a ansiedade e o sentimento de que tudo vai desmoronar. O pensamento concentrado, calmo e consciente no aqui e agora faz toda a diferença para retornar a si e procurar soluções para as pressões do dia a dia, trabalho, família e outras responsabilidades sociais. Mas quem é evangélico, católico ou ateu pode praticar a meditação? A resposta é sim.
A meditação foi muitos anos associada a práticas religiosas. A imagem de Buda meditando na posição lotus é uma das primeiras associações mentais que o ser humano faz quando a palavra meditação é dita. Isso acontece porque durante anos e anos de história a meditação foi associada a prática do budismo e com isso, tanto a yoga quanto a meditação sempre foi relacionada a religião. Porém, hoje a técnica já consegue ser verdadeiramente desvinculada do seu viés religioso, principalmente depois do interesse da ciência em analisar os fatos relacionados a meditação, como a neuroplasticidade e os benefícios da prática na redução de estresse, ansiedade e problemas como depressão.
A separação da meditação e da religião deve ser bem clara para que pessoas que tem suas religiões possam ainda assim aproveitar os benefícios da meditação sem serem julgadas ou achar que estão cometendo algum tipo de pecado diante da sua religião. O mesmo argumento deve ser esclarecido para aqueles que não tem nenhum tipo de religião, fé ou são ateus. Não é preciso estar vinculado ao budismo para praticar a meditação. Apesar de ter sido relacionada durante muitos anos a contextos religiosos, essa ideia acabou sendo diluída à medida que a prática se espalhou pelo mundo e a ciência começou a comprovar os benefícios da meditação, que hoje é muito associada a prática mindfulness.
A Mindfulness é atenção plena, concentrada no momento presente, estar em contato com o aqui e agora sem deixar os sentimentos e sensações do passado envolve-lo. A Mindfulness é uma das formas de meditação que é focada na atenção plena e tem diversos benefícios como diminuição do estresse e da ansiedade, aumento da concentração, foco, disciplina e bem estar. Dessa forma, e meditação é desvinculada de mantras, orações ou qualquer tipo de religiosidade e foca apenas em como o treinamento do seu fluxo respiratório pode ser um aliado na melhora do seu bem estar.
Meditação e religião podem ter vários aspectos em comum, como lugar de reflexão, paz interior e sensação de bem estar, mas uma prática não exclui a outra e muito menos estão vinculadas. A meditação é uma espécie de tratamento paliativo para os problemas da mente, sem deveres, obrigações, punições ou compromissos diários, a meditação é um compromisso consigo mesmo, com seu bem estar mental e com a melhora e aprimoramento das suas capacidades emocionais, e pode ser praticada por qualquer um para melhorar os sintomas causados pelas pressões do dia a dia, principalmente no momento atual.
A prática de atenção plena e concentração no momento presente pode ser um grande aliado para abrandar a mente da crise vivida pelo COVID 19 no mundo e acalmar o coração daqueles que estão ansiosos, depressivos e precisam de ajuda para manter a cabeça no lugar nesse contexto de pandemia. Agarre-se a sua fé, agarre-se a suas crenças e ensinamentos, mas não deixe de realizar uma prática que pode te fazer bem por medo de julgamentos religiosos. Meditação e religião não estão interligados, e meditar pode ser um aliado nesses tempos de crise.
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